Hoje venho falar de Amor.
Quando se ouve a palavra Amor, a grande maioria das pessoas pensa imediatamente em casal, em intimidade a dois. Pensa depois na sua relação amorosa e na presença ou ausência de Amor.
Muito se ouve dizer “Foi por Amor”…
Foi por “Amor” que ele lhe fez aquilo, por “Amar” demais. É por “Amor” (dizemos) que se justificam faltas de respeito, injustiças e atrocidades.
Chega!
Chega de desculpas. AMOR não é uma desculpa para nada disso.
É com certeza o tema mais escolhido desde sempre por artistas e escritores porque ninguém, nenhum ser humano vive sem Amor. Viver até vive, mas não vive feliz. E o que viémos nós fazer ao mundo que não seja para sermos felizes (amados)?
Acredito que a ausência de Amor, essa sim justifica muita coisa. Atrevo-me a dizer que está na base da grande maioria dos males da humanidade.
Dar e receber Amor é genuinamente gratuito, e faz os milagres acontecerem: pessoas que amam são mais felizes e fazem os outros felizes.
Acima de tudo começa com o Amor próprio. A verdade mais pura é esta: se não nos amarmos a nós próprios, como vamos viver bem connosco próprios a nossa vida toda?!
Sim, porque queiramos quer não, nós somos a nossa companhia de sempre, de todos os dias, desde que nascemos até que partimos.
Portanto gostar de nós próprios é a base para depois poder amar os outros.
O cliché é certeiro : “Se eu não gostar de mim, quem gostará?!”
Alargar esse amor a quem surge na nossa vida é a consequência natural do processo a que chamamos vida.
Não pode ser a busca pelo Amor que não tenho por mim, não pode ser a procura pelo Amor que não recebi antes, não pode ser apego, não é nos outros que está; é em Mim.
Eu só percebi verdadeiramente tudo isto quando decidi embarcar numa das maiores viagens da minha vida: a do meu auto-conhecimento. Quando me permiti conhecer-me, compreender-me e por mim acolher-me. Consegui sentir Amor Próprio como nunca antes, e amar sem expectativas ou projeções nos outros.
Claro que a outra minha grande viagem, a da Maternidade, teve ainda outro sabor. Juntar estas duas viagens foi para mim a escolha de uma Vida com propósito e Amor.
Faz sentido? De que forma vês o amor?
Até ao próximo artigo.
Paula