Gosto de ajudar os outros. Gosto mesmo!
E o que é curioso é que, mais do que gostar, eu sinto esse impulso diário para o fazer pois percebo as necessidades dos outros, sem eles sequer dizerem nada.
Para mim o mundo existe numa lógica de ajuda contínua; as pessoas existem para se ajudarem umas às outras e eu sinto esse papel diariamente.
Estou lá sempre e todos que me conhecem sabem disso. Recusar ser útil a alguém é para mim impensável pois adoro mesmo ajudar os outros.
Sou empática e também por isso uma pessoa extremamente generosa, e voluntariosa, não precisam pedir que eu estou lá para o que for, se é para ajudar estou lá!
O que acontece muitas vezes é que por me focar tanto nos outros, esqueço-me de mim. Esqueço-me das minhas necessidades e de que por vezes também eu preciso de ajuda.
Claro que não peço ajuda, afinal se eu percebo quando os outros precisam, também eles devem perceber quando eu preciso de ajuda. Por isso, é evidente que não vou pedir ajuda!
E se os outros não percebem esta dinâmica, e não reconhecem a minha generosidade então fico muito, mesmo muito magoada.
Sim, porque eu sei o meu valor por estar sempre disponível, e se não mo reconhecem, então “coloco as garras de fora” e sinto em mim alguma raiva que se manifesta em agressividade e domínio sobre o outro.
Reconheces em ti esta necessidade constante de ajudar e este padrão ressoa em ti?
