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Opiniões, quem não as tem?!

Hoje é um desabafo…

Hoje não te vou falar de perfis de personalidade nem de auto-consciência nem desenvolvimento pessoal.

Não, hoje vou-te falar de mim, como pessoa, e de um desafio que imagino também já devas ter tido…

Falo de Opiniões.

Toda a gente as dá, e eu não sou excepção.

O que há algum tempo reparo é que há muitas opiniões, umas vezes vêm de quem não tem conhecimento para as dar com alguma coerência, outras são desfasadas do contexto, outras até são úteis, enfim, servem muitos fins, principalmente para quem as dá.

Comecei a observar que as opiniões são muito mais relevantes para quem as dá do que para quem as recebe. Ou melhor, comecei a observar que quanto maior o nosso nível de auto- consciência, mais perceção temos desta premissa e, por isso mesmo, menos nos deixamos influenciar por elas.

Ora, quando o nível de auto-conhecimento e auto-consciência é baixo, as opiniões são como decretos-lei, que nos empacotam, limitam e fazem oscilar o nosso bem-estar.

As opiniões são julgamentos, logo, são ideias baseadas na subjetividade de quem as emite. Se aceitássemos esta premissa, Isso já bastaria para nos sentirmos muito melhor, pois teríamos uma espécie de “armadura”, à prova das que não nos facilitam a vida ou nos adiantam algo válido.

Ultimamente noto-me mais atenta mais a quem emite as opiniões do que às opiniões em si.

E observo a necessidade que muitas pessoas têm de dizer a sua opinião, seja a que custo for. A questão é que muitas vezes as pessoas não querem ouvir opiniões!  

Aliás, acredito que a maior parte das vezes as pessoas não é isso que procuram, mas sim compaixão. Procuram alguém que se coloque (ou se esforce para se colocar) no seu lugar e as oiça, e as compreenda.

Reparo que cada vez mais valorizo as opiniões quando as peço, e ignoro as opiniões que insistem em me dar só porque sim.

E comecei a ficar atenta a esse “porque sim”, e concluo que é uma necessidade de afirmação tão grande que não há espaço para a tal compaixão… ou há?!

Recentemente estava a expor as minhas ideias sobre um tema, e a outra pessoa imediatamente começa a debitar “eu acho que”, “na minha opinião isto, e aquilo…”, e eu estava tão alheia a querer alguma opinião do outro lado, que o exprimi dizendo: “agradeço, mas a tua opinião agora não é relevante para mim”.

Foi como se acendesse uma chama, como se estivesse a desprezar a outra pessoa e as suas ideias – foi como ela se sentiu.

E foi daí que começou esta minha reflexão…

Quantas vezes procuras apenas falar, expor as tuas ideias e partilhá-las sem necessidade de opiniões ou validação externa?! 

E quantas vezes alertas a outra pessoa que não precisas da opinião dela e ela fica ofendida?! E depois, como isso tem impacto em ti?

E quantas vezes também dás opiniões sem tas pedirem? E o que te leva a fazê-lo?

Consegues ouvir atentamente o outro de forma tão conectada que nem te lembras de que podem haver opiniões tuas a serem emitidas?!

Cheguei à conclusão que quanto mais conexão existir entre as pessoas, menos necessidade há de emitir opiniões. Há sim vontade de perceber o lugar do outro, o prisma do outro, com curiosidade.

E aí sim, acredito que aprendemos todos muito mais…

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